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| Copenhague – O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto, disse nesta terça-feira (8/12), na Dinamarca, que o setor industrial brasileiro tem “uma expectativa de otimismo cauteloso” em relação aos resultados que poderão ser alcançados na Conferência do Clima, a COP 15, que está sendo realizada em Copenhague. Em uma coletiva de imprensa na capital dinamarquesa, Monteiro Neto explicou que o sentimento de entusiasmo ponderado do setor industrial brasileiro se deve em parte à repentina mudança no modo como representantes de alguns países disseram que iriam tratar de temas relacionados à poluição na reunião das Nações Unidas. Ele recordou que Estados Unidos e China, por exemplo, que antes apresentavam iniciativas bastante modestas para enfrentar os problemas causados pelas emissões de carbono, repentinamente mudaram de postura e passaram a anunciar ações mais arrojadas. “No entanto, a questão (do efeito estufa) não se resume apenas a metas de mitigação ou de redução de emissões de carbono. Existem questões associadas a isso, muito importantes e que ainda não estão claramente definidas, como as questões de financiamento de projetos para reduzir a poluição no mundo”, ressaltou o presidente da CNI. Ele destacou que as metas de redução de gases do efeito estufa podem ser acompanhadas e verificadas sempre e quando houver recursos financeiros que permitam esse controle. Contudo, ele apontou a necessidade de uma clara definição das regras e dos compromissos governamentais de todos os países para garantir que essa ação seja realizada. “Ainda que sejamos substantivamente otimistas, reconhecemos que há ainda um longo caminho a percorrer para que esses objetivos tenham efetividade nos próximos anos”, sublinhou. Monteiro Neto, porém, ressaltou que as empresas brasileiras não deixarão de contribuir para ajudar a reduzir os problemas criados pelo aquecimento global e comentou que todos os grupos que compõem o setor produtivo brasileiro estão representados na COP 15. Ele afirmou que a reunião das Nações Unidas é vista com muito interesse pelos empresários do Brasil, o que permitiu a formação de uma delegação com cerca de 70 pessoas. Durante os 11 dias da reunião em Copenhague, a CNI terá representantes que participarão de diversas plenárias em que serão elaboradas propostas para mais de 100 governantes de todo mundo que se reunirão na Dinamarca entre os dias 17 e 18 deste mês. |
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