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14/10/2009 Cairoli toma posse na CACB e defende a retomada da agenda de reformas
José Paulo Dornelles Cairoli, presidente eleito da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil – gestão 2009-2011 - reforçou, ao tomar posse na noite de quarta-feira (14.10), na abertura do 19º Congresso da CACB, em Guarujá, a necessidade da superação dos gargalos estruturais do País. No campo político, ele deixou claro que precisamos avançar com as reformas tributária, trabalhista, política e previdenciária. “Este é o saldo de maturidade que o Brasil precisa e é para isso que vamos trabalhar”, enfatizou.
Prometeu a eliminação gradativa dos resquícios de terceirização na representação da opinião política e dos interesses econômicos dos setores que a CACB representa. “Comumente os empresários são chamados a financiar a democracia, e isso é necessário. O grande problema é que os agentes econômicos são lembrados somente nessa hora, e logo depois encontram espaços exíguos e dificuldades para serem ouvidos no processo decisório governamental”. Segundo Cairoli, as dificuldades para o avanço de algumas reformas fundamentais para o setor produtivo, como as reformas tributária e trabalhista, e a persistência, governo após governo, de manter altos impostos, são alguns exemplos que ilustram dificuldade em sermos ouvidos.
Cairoli também defendeu uma atuação intensa para pôr fim ao maior gargalo enfrentado no País que está na infraestrutura. "As dificuldades estruturais do setor público servem de barreira restritiva à enorme vitalidade que nossa sociedade e iniciativa privada demonstram ter", pontuou. Para isso, a CACB enxerga como essencial a consolidação das Parcerias Público Privadas.
Em seu discurso, Cairoli também deu ênfase a necessidade de redução dos impostos de um lado e de outro, o combate à informalidade e à ilegalidade.
Segundo ele, “a pirataria e o contrabando desvirtuam o verdadeiro conceito da livre concorrência, e por isso eles são nossos inimigos”. Mais do que isso, enfatizou, esses são males que ferem a dignidade das pessoas e eliminam empregos dos brasileiros. “Nosso compromisso com o livre comércio anda ombro a ombro com o nosso comprometimento com o emprego dos brasileiros”, concluiu.
No cenário político o novo presidente da CACB deixou claro que seria “ruim” para o País fazer um debate com os olhos no passado. “Ao invés de discutir o passado, precisamos discutir o futuro, precisamos disputar essa longa era que se abre após os governos Fernando Henrique e Lula”.