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| Com seu tamanho duplicado desde a aquisição pelo Carrefour no início de 2007, o Atacadão, rede brasileira de 58 hipermercados focada na venda a baixos preços para pequenos comerciantes e consumidor final, deve exportar seu modelo de negócios a outros países atendidos pelo grupo francês. A informação foi dada pelo CEO do Atacadão Distribuição, Comércio e Indústria, Roberto Meister Müssnich, no Tá na Mesa da Federasul, onde falou sobre o tema “Cultura organizacional como diferencial competitivo nas fusões: o caso Carrefour – Atacadão”. Müssnich ressaltou o diferencial do foco da rede, que aposta no autosserviço para reduzir o custo final das mercadorias. “Não oferecermos serviços como o de empacotador ou não disponibilizarmos sacolas plásticas, mas isso se reflete diretamente no preço”, disse. Essas características, além da expertise de distribuição e abastecimento intensificada com a estratégia de crescimento rápido do grupo Carrefour, permitiram que a rede Atacadão saltasse de 34 lojas com 7 mil funcionários, no fim de 2006, para 57 operações que empregam 17 mil funcionários no país até agora. De acordo com o executivo, foi fundamental que o grupo Carrefour mantivesse as diferenças operacionais e culturais para que o Atacadão continuasse em ritmo de crescimento. “A integração foi seletiva, com a manutenção da cultura da empresa, com foco familiar. Isso foi importante para manter nosso valor”, defendeu. Müssnich salientou ainda que, no universo das fusões e aquisições, são essenciais fatores como a velocidade de integração, que se refletem nas expectativas dos colaboradores. “Quanto mais tempo uma empresa demora a introduzir mudanças na operação adquirida, mais difícil fica para efetuá-las”, observou. Para 2009, Müssnich apontou que o Atacadão está incluído nos planos de expansão do Carrefour no país, que pretende inaugurar de 60 a 70 novas lojas em suas diferentes operações. Parte dessas unidades estão destinadas ao interior do Rio Grande do Sul e Porto Alegre. |
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