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10/06/2009 Brasileiro é cada vez mais otimista para enfrentar a crise mundial
Brasília – O brasileiro está mais otimista em relação à crise econômica e seus efeitos no Brasil, aponta a mais recente pesquisa CNI-Ibope, divulgada nesta terça-feira, 9 de junho, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília.

De acordo com os números, a população está com menos medo de ser afetada pela crise, espera que o Brasil seja pouco atingido e pensa cada vez menos em mudar seus hábitos de consumo. Além disso, a aprovação à forma como o governo brasileiro vem enfrentando, o problema cresceu em relação à ultima edição da sondagem de opinião.

Segundo a avaliação dos dados feita pela CNI e pela MCI Estratégia, “isso não significa que a crise não seja vista como grave”. A pesquisa mostra que ocorreu uma migração das opiniões dos que consideravam a crise muito grave para a opção de que ela é grave. Em março, 37% afirmavam que a crise era muito grave e 46% a consideravam grave. Hoje, 26% consideram a crise muito grave e 52% passaram a considerá-la grave.

É também expressivo o crescimento do contingente que afirma que o Brasil está mais preparado para a crise: 48% contra 39%, há três meses.

Nesta rodada ocorre ainda uma mudança em relação à projeção de consumo. Mais da metade da população (53%) afirma que não alterou nem pretende alterar seus hábitos de consumo. Há três meses, 45% pensavam dessa maneira.

“Esse é um indicador importante de antecedência, que antecipa o movimento do consumidor na crise. Se ele diz que não pretende mudar os hábitos de consumo, a demanda interna tende a se sustentar melhor”, afirma Marco Antonio Guarita, diretor de Relações Institucionais da CNI.

Ao contrário do que se observou na edição passada da CNI-Ibope, quando existia uma preocupação mais evidente, nesta rodada cresceu expressivamente o percentual que aposta em poucos prejuízos ao País em razão da crise: 53% afirmam que a economia brasileira será pouco prejudicada (44% em março) e 30% acreditam que a economia será muito prejudicada (40% em março).

O levantamento mostra ainda uma melhoria sensível na avaliação das ações do Governo Federal no enfrentamento da crise. Para 69%, o governo brasileiro está tomando as medidas corretas, enquanto 16% acham que elas são incorretas. Em março, esses percentuais eram 59% e 22%, respectivamente. Hoje, 61% avaliam como “ótima” ou “boa” a atuação do governo no combate aos efeitos da crise (47% em março).

A pesquisa CNI-Ibope foi feita entre os dias 29 de maio e 1º de junho, com 2.002 eleitores de 143 municípios de todo o Brasil. A margem de erro é de dois pontos percentuais e o grau de confiança, de 95%.