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15/06/2009 A vez do Brasil no agronegócio
Nos próximos 50 anos, o Brasil terá papel fundamental diante de problemas referentes a energia, água, alimentos, meio ambiente e pobreza, assuntos que serão abarcados pelo desempenho do país do agronegócio. O assunto foi abordado pelo diretor comercial da John Deere na América Latina, Paulo Herrmann, que falou no Tá na Mesa da Federasul sobre o tema “Os desafios do agronegócio moderno”.
O executivo afirma que, diante do déficit de produção de países como a China, que tem um déficit de 281 milhões de toneladas em relação ao consumo de grãos, o Brasil precisa aproveitar suas vantagens climáticas e geográficas. O país possui, atualmente, a maior área agricultável do mundo, com quase 400 milhões de hectares, dos quais apenas 50 milhões de hectares são efetivamente usados. Herrmann também salientou números como a relação do aumento da área plantada no país de 1990 a 2008, que foi de 20%, com o crescimento de 99% da produtividade no mesmo período. “Isso é resultado de um grande avanço nas tecnologias agrícolas.
No entanto, o executivo apontou que é necessário que o país supere desafios gerenciais, mercadológicos e estruturais para que fique na dianteira do agronegócio mundial. “Estamos fazendo muita coisa no improviso. É preciso haver a capacitação de recursos humanos, o uso adequado de tecnologias, através de treinamentos, além da otimização dos modelos de gestão e produção usados atualmente”, ressaltou.
O executivo também levantou a necessidade de medidas nas áreas de rastreabilidade e certificação e a criação de mercados com maior valor agregado. “É importante considerar, nesse sentido, os pequenos e grandes produtores, estes incorporando tecnologia avançada para um modelo de produção em larga escala, voltado para as commodities”, disse.